Controle natural x controle integrado: conheça a diferença

Controle natural x controle integrado: conheça a diferença

Existem diversas formas de efetuar controles de pragas, como o controle biológico, o controle químico, o controle educacional e o controle físico. Ao se juntar duas ou mais destas formas, temos o controle integrado. Além disso, ainda existe o controle natural, que é aquele que faz uso de inseticidas que não levam compostos químicos em suas fórmulas.

Mas qual tipo de controle de pragas é o melhor? Neste artigo vamos trazer as informações necessárias para que você possa decidir qual a maneira mais eficiente de efetuar o controle de pragas para diversos tipos de infestações existentes. Confira a seguir.

O que é cada um?

O controle natural de pragas é aquele que se utiliza de produtos e inseticidas que não possuem em suas fórmulas a adição de compostos químicos. Justamente por isso, esse tipo de controle acaba se tornando uma excelente alternativa para ser usada no manejo de pragas, já que uma de suas principais vantagens é que os produtos utilizados não agridem nem o meio ambiente nem a saúde das pessoas.

Hoje em dia, é mais comum encontrar inseticidas naturais sendo usados principalmente em lavouras, plantações e hortas, ou seja, no manejo rural de pragas, embora eles também possam ser aplicados em relação a pragas urbanas.

Já no controle integrado são aplicados dois ou mais tipos de controles distintos, já que essa combinação costuma trazer resultados mais eficazes. Isso porque ao se juntar diferentes tipos de controle, as pragas e vetores são combatidos em mais de uma frente.

Entre os tipos de controle mais utilizados na composição de um controle integrado estão:

  • Controle biológico: é aquele que faz uso de métodos que envolvem outros seres viventes para efetuar o controle das pragas. Entre as opções mais comuns, estão o uso de predadores, competidores, parasitas ou patógenos dos animais causadores da infestação para eliminá-los de uma forma considerada menos nociva.
  • Controle educacional: é o controle que promove a adoção de boas práticas por parte das pessoas que utilizam os espaços que estão infestados. Promover o controle educacional consiste, por exemplo, em ações para ensinar a armazenar propriamente os alimentos, para realizar o descarte correto de lixo e de entulhos, para eliminar focos de água parada, entre outros.
  • Controle físico: é o que visa bloquear os locais, tornando-os inacessíveis para que as pragas consigam acessá-los. Para conseguir esse bloqueio são utilizadas barreiras físicas e/ou sonoras para impedir a entrada de vetores. É o tipo de controle realizado, por exemplo, ao se colocar telas para barrar mosquitos, pernilongos e outros tipos de insetos.
  • Controle químico: é o controle que consiste na aplicação direta de inseticidas com compostos químicos em suas fórmulas para erradicar as infestações. Cada tipo de praga possui inseticidas específicos que são indicados por apresentarem mais eficiência para dizimá-la. O uso de inseticidas químicos só deve ser feito quando realmente for necessário, visto que eles podem agredir tanto o meio ambiente como a saúde das pessoas.

Como funciona o processo de aplicação de controle de pragas?

Independentemente do tipo de controle escolhido para efetuar a eliminação de pragas, é preciso seguir um check-list que garanta o cumprimento de todas as etapas do processo, para que ele seja completo e promova os resultados esperados.

Em primeiro lugar, é preciso que seja realizada uma análise inicial dos lugares infestados, sejam eles urbanos ou rurais. É assim que é determinado qual tipo de praga está afetando o local, os pontos de entrada, a gravidade e a extensão da infestação.

Em seguida, é necessário organizar um plano de ação determinando quais tipos de controle serão aplicados no caso concreto, além de como e quando esses controles serão realizados. Sem essa organização das etapas, não é possível garantir a eficiência dos processos.

O próximo passo é proceder com a execução do manejo, sempre priorizando a saúde e o bem-estar de quem usufrui dos espaços infestados. É imprescindível ter um cronograma claro para que todos possam se programar, por exemplo, para aplicações de controle químico, que muitas vezes exigem a saída de moradores de um local.

Após a execução do controle de pragas e vetores é imprescindível monitorar se as ações realizadas estão surtindo o efeito esperado. Isso pois pode ser necessário realizar novos controles ou mesmo alterar métodos que não se mostraram eficazes. Esse monitoramento deve ser constante, para que seja confirmada a eliminação da praga e para que não haja novas infestações.

Vantagens e desvantagens do controle natural e do controle integrado

Conforme visto acima, o controle natural se mostra bastante vantajoso pois se preocupa em não agredir o meio ambiente e a saúde das pessoas. Já o controle integrado tem como principal vantagem a combinação de um ou mais métodos para promover mais eficiência nos resultados obtidos.

As principais desvantagens de ambos é que podem não se mostrar eficientes em determinados casos. É preciso analisar caso a caso para determinar qual método trará mais benefícios na prática. Ainda é possível combinar o controle natural com os métodos que compõem o controle integrado, trazendo uma solução mais completa para a situação apresentada.

É necessário ressaltar que a aplicação do controle de pragas, seja qual for o modelo escolhido, deve sempre ser realizada por uma empresa especializada e com profissionais capacitados, para que tudo seja feito de maneira correta, respeitando as legislações vigentes e tomando todas as medidas indicadas para garantir maior eficiência nos processos e nos resultados.